O vazamento de petróleo no Golfo do México começou no dia 20 de abril, depois que uma explosão destruiu a plataforma Deepwater Horizon, operada pela British Pretoleum (BP), causando a morte de 11 trabalhadores. As estimativas são de que a quantidade de petróleo vazado no mar desde abril varie entre 80 milhões e 180 milhões de litros. Após atingir a Louisiana e ilhas no Mississippi e no Alabama, a mancha de óleo alcançou algumas das praias mais famosas da Flórida.
Mancha de petróleo capturada por satélite da NASA no final de abril
Autoridades norte-americanas disseram neste sábado (5) que os esforços para estancar o vazamento parecem estar funcionando, 47 dias após o início da crise. A BP colocou tampas de contenção no local do vazamento e, até agora, conseguiu coletar cerca de 6 mil barris de petróleo. O diretor de operações da BP, Dough Suttler, anunciou o fracasso das tentativas iniciais para cessar o vazamento, jogando cimento e lama no local de onde escapava o óleo. Segundo os executivos da BP, o procedimento tinha cerca de 60 a 70% de chance de sucesso.
Mesmo assim, a taxa de coleta ainda recolhe apenas um terço do vazamento diário no poço, que foi avaliado em 19.000 barris por dia pelo governo norte-americano. A capacidade do dispositivo de contenção da BP é de 15.000 barris por dia. A BP não espera conseguir estancar totalmente o vazamento até agosto, quando dois outros poços devem ser finalizados.
O número de animais mortos ou contaminados está crescendo. Carol Browner, a principal conselheira de energia da Casa Branca, informou neste domingo no programa "Meet the Press" da NBC que esse derramamento de óleo é provavelmente o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. Porém, esse não é o pior acidente de petróleo da história. Entre eles, estão os 136 bilhões de litros de petróleo derramados pelas forças do Iraque, quando deixaram o Kuwait em 1991; o Ixtoc I, que explodiu na baía de Campeche, no México, em 1979; além do acidente com o petroleiro Exxon Valdez em 1989, que contaminou 2.000 km do litoral do Alaska.
Mas, afinal, qual é a real gravidade desse derramamento de óleo? É claro que, entre os prejuízos, estão quilômetros de águas afetadas e praias em risco, afetando o turismo, a pesca prejudicada por várias temporadas, inúmeras espécies de seres vivos atingidas e uma indústria economicamente arrasada por anos. Entretanto, essa é uma questão que vai depender de variáveis, que incluem o clima, correntes oceânicas, as propriedades do petróleo e o sucesso ou fracasso dos esforços para estancar o fluxo.
Pássaros sobrevoam a área poluída pelo óleo no Golfo do México (Foto: Reuters)
As consequências do vazamento não atingem apenas os organismos marinhos: cerca de 70 pessoas estão em tratamento devido a náuseas, dores de cabeça, inflamações nos olhos e problemas respiratórios e oito pacientes tiveram que ser internados, sem contar com os 11 funcionários da BP mortos. Além disso, por se tratar de uma das maiores catástrofes com petróleo já existentes, o óleo não está apenas na superfície. Em águas profundas formaram-se nuvens com minúsculas gotas de petróleo e embora a concentração de óleo ali seja relativamente baixo, ninguém pode prever a reação dos organismos que vivem em águas profundas.
Aos nossos olhos são visíveis o desespero de aves e outros animais em tentar se livrar do óleo pesado. Mas é claro que não conseguem. Chocante.
Fontes:
http://mashable.com/2010/04/30/gulf-of-mexico-oil-spill/
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/06/bp-coleta-um-terco-do-petroleo-que-vaza-no-golfo-do-mexico.html
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/05/30/eua-dizem-que-vazamento-de-oleo-no-golfo-do-mexico-pode-continuar-ate-agosto-916734237.asp
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/qual-gravidade-vazamento-petroleo-golfo-mexico-555755.shtml
Caros
ResponderExcluirFicou muito bom o blog. Falta os demais membros seguirem o blog.
Beijos
MJ
Notícias interessantes e atualizadas.
ResponderExcluirMuito bom.
Abs,
Paulo.
Impressionante as fotos. E os fatos, correlacionando o derrame com os fatos da guerra do golfo, são volumes absurdos de petróleo. Agora é esperar para que a região tenha o vazamento estancado o quanto antes para que se evite o prejuízo a região.
ResponderExcluirEstima-se em quantos anos um período mínimo para recuperação da fauna?
Aproveitando o assunto, vocês viram essa notícia? Nela um funcionário acusa a BP de ter neglicenciado uma falha num equipamento de segurança da plataforma três dias antes da explosão, em vez de interromper o funcionamento da plataforma e consertar o equipamento os responsáveis teriam decidido desligá-lo.
ResponderExcluirhttp://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100621_bpfalhabop_ba.shtml
Nada surpreendente as declarações dos funcionários da plataforma que indicam que o ocorrido tenha sido menos um acidente que uma consequência da busca de lucros a qualquer custo.
Oi povo
ResponderExcluirNão dá para precisar exatamente em quanto tempo a fauna se recupera, pois um desastre deste tamanho não só afeta animais de topo de cadeira (aves e peixes) como afeta principalmente as algas microscópicas (fitoplancton) que são a base da cadeia alimentar. Se a base é afetada toda cadeia é afetada também, causando problemas de alimentação, reprodução e outros.
Beijos
MJ
A busca de lucro a qualquer custo é o que move a humanidade, né? É minoria quem realmente se importa com o meio ambiente ou a degradação ambiental. E entre os que se importam, a principal justificativa é que O HOMEM poderá ser prejudicado de alguma forma em algum momento. O ser humano simplesmente precisa estar SEMPRE como a prioridade no. 1...
ResponderExcluirque horrível!!!!!!!!!!! meus olhos se encheram de lágrimas... muito terrível, coitados dos bichinhos...A interferência do homem na mãe natureza...
ResponderExcluiraliás, ótimo blog!! parabéns ficou realmente bom!!
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