sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cruzeiros e o Impacto Ambiental

Os cruzeiros têm feito muito sucesso entre os turistas e isso, consequentemente, movimenta a economia das cidades que recebem esses visitantes. Isso é ótimo para o desenvolvimento do turismo, mas gera certa preocupação ambiental. Essas embarcações gigantes são responsáveis pela produção de toneladas de lixo e esgoto e pela emissão de uma quantidade enorme de gases de efeito estufa.

Durante a temporada 2009/2010 a quantidade de passageiros que viajaram em cruzeiros foi 66% superior à temporada anterior. A estimativa é de que 900 mil passageiros tenham viajado em cruzeiros brasileiros entre os meses de outubro e maio.


A poluição gerada em uma viagem em alto mar custa caro para o meio ambiente. De acordo com o Telegraph of London, um navio cruzeiro emite três vezes mais dióxido de carbono que um avião a jato. A rede de cruzeiros Charter Wave divulgou, em 2008, que em média, 712 kg de CO2 são jogados na atmosfera por quilômetro. Os navios emitem dióxido de carbono, dióxido sulfúrico (5% das emissões mundiais) e óxidos de nitrogênio ( 14 % das emissões).


Segundo o acordo da organização Marítima Internacional, todo o lixo orgânico que é produzido durante as viagens é lançado no mar. Porém algumas restrições envolvem esse descarte. Ele deve ser feito a uma distância de 22 quilômetros da costa. O esgoto também pode ser despejado no mar, desde que passe por um tratamento.

A ONG EcoBrasil divulgou uma estimativa de que semanalmente são gerados 950 mil litros de esgoto humano em um navio de grande porte e 114 mil litros de água de sentina (óleos e produtos químicos). Além disso, a água proveniente de pias e chuveiros, conhecida como água suja, nos cruzeiros é o equivalente a duas piscinas olímpicas, equivalente a e 5.500m3 litros de água





No Brasil, as duas principais empresas donas de embarcações, a MSC Cruzeiros e a Royal Caribbean, sabem dos impactos ambientais causados pelos navios. Por isso, são implantadas, anualmente, novas tecnologias para minimizar esses danos.


Uma das saídas escolhidas pela MSC Cruzeiros foi adotar o certificado ISO 14001, de gestão ambiental, para todas as suas embarcações. O diretor comercial da empresa, Adrian Ursilli, garante que parte dos resíduos produzidos nas viagens retorna aos portos e são encaminhados para a reciclagem.


As empresas que não respeitam as normas internacionais e convenções recebem multas que chegam a milhões de euros. Ainda assim, são necessárias mais leis e fiscalização efetiva, para que os impactos sejam cada vez menores.

Achei algo interessante mostrar um impacto bem amplo aplicado a uma prática um tanto quanto prazerosa. Que mesmo quando estamos gastando nosso dinheiro e relaxando, estamos contribuindo para a poluição.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Impacto da pesca industrial

Muitos ecologistas marinhos acreditam que a maior ameaça aos ecossistemas marinhos nos dias de hoje seja a pesca em excesso. Nosso apetite por peixe está excedendo os limites ecológicos dos oceanos, com impactos devastadores em muitos ecossistemas. Os cientistas advertem que o excesso de pesca resulta em profundas alterações nos oceanos, mudando-os talvez para sempre. Sem mencionar nossa refeição de cada dia - no futuro, um prato de sardinhas poderá ser considerado uma iguaria cara e rara.


Sem Chance

Mais freqüentemente do se imagina, a indústria da pesca ganha acesso a grupos de peixes antes mesmo que o impacto desta atividade sobre o ecossistema seja estimado. De qualquer modo, os regulamentos da indústria de pesca são tremendamente inadequados. A realidade da pesca moderna é que a indústria é dominada por frotas de pesqueiros que não dão chance à natureza de repor as espécies. Navios gigantescos usando sonares de busca de última geração podem apontar com precisão cardumes de peixes. Os navios são equipados para que funcionem como verdadeiras fábricas flutuantes – incluindo linhas de produção, processamento e embalagem de peixes, imensos sistemas de refrigeração e motores poderosos para arrastar equipamentos pesados através do oceano. Ou seja: o peixe não tem chance.

Check-up da vida no oceano

Populações de grandes predadores, um indicador claro da saúde de um ecossistema, estão desaparecendo de forma espantosa. Noventa por cento dos peixes grandes que a maioria de nós adora comer, como atum, peixe-espada, merlin, bacalhau, halibut, ar raia e linguado – estão desaparecendo desde que a pesca em larga escala começou, nos anos 50. A diminuição dessas espécies predadoras pode causar uma mudança em ecossistemas oceânicos inteiros, onde peixes comercialmente valorizados são substituídos por espécies menores, que se alimentam de plâncton. O século em curso pode inclusive ver colheitas de água-viva substituindo o peixe consumido por humanos. Essas mudanças ameaçam a estrutura e o funcionamento de ecossistemas marinhos, e assim colocam em perigo o sustento dos que dependem dos oceanos, tanto agora como no futuro.


Colapso das áreas de pesca

A superexploração e a má administração das áreas de pesca já levou ao colapso completo de algumas regiões. A pesca do bacalhau na região de Newfoundland, no Canadá, ruiu em 1992, causando a perda de 40 mil empregos na indústria. Os estoques de bacalhau no Mar do Norte e no Mar Báltico seguem pelo mesmo caminho e estão próximos do colapso completo.

Ao invés de tentar encontrar uma solução de longo prazo para esses problemas, a indústria pesqueira voltou seus olhos para o Pacífico – mas esta não é a resposta. Os governantes continuam ignorando os avisos dos cientistas sobre como essas áreas de pesca poderiam ser administradas e a necessidade de pescar tais espécies de maneira sustentável.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Lugar de lixo é no LIXO

Nessa época de seca é muito comum olharmos para o lado e vermos o canteiro da esquina queimado, uma área de parque pegando fogo, ou mesmo uma fumacinha saindo da grama seca. Sei que nem sempre é por esta razão, mas sempre me lembro das bitucas de cigarro que são jogadas no chão. A absurda falta de consciência da maioria dos fumantes (da maioria mesmo, porque são pouquíssimos os que jogam cigarro no lixo) contrasta com a cultura inocente (ou seria inconsequente?) de jogar bituca de cigarro no chão.
Não é só sujeira ou desconforto. As inocentes bitucas de cigarro causam muitos problemas ao meio ambiente, como as queimadas e sua ingestão acidental por animais. Mas não é só isso não, as bitucas levam cerca de 2 anos para se decomporem, e trazem consigo todos os seus componentes químicos!

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O ambiente marinho não fica de fora do impacto causado pelas bitucas, não. Estas verdadeiras armas de destruição em massa acabam sendo alimento de muitos animais, principalmente aves, que acabam por confundí-las com peixinhos. E morrem, claro.
Em uma campanha ecológica organizada pela SOS Praia Brasil, foram coletados quase 4 mil bitucas nas praias do Guarujá, no Circuito Petrobrás de Surfe Feminino.



As consequências diretas da presença de lixo marinho são a perda da qualidade estética, gastos exorbitantes com limpezas públicas, diminuição do turismo, danos a embarcações e barcos de pesca, diminuição dos estoques pesqueiros, ingestão e emaranhamento pela biota marinha, entre outros.
As principais fontes de lixo no ambiente marinho são: freqüentadores das praias, a eliminação inadequada do lixo no solo, o transbordamento de águas pluviais, os barcos e navios de todo tipo, as instalações industriais, as plataformas de petróleo e gás na faixa litorânea e as regiões portuárias e terminais de produtos químicos e combustíveis.

Aí vai uma lista do tempo de decomposição de resíduos nos oceanos:

Papel Toalha: 2 a 4 semanas;
Caixa de Papelão: 2 meses;
Palito de Fósforo: 6 meses;
Restos de Frutas: 1 ano;
Jornal: 6 meses;
Fralda Descartável: 450 anos;
Fralda Descartável Biodegradável; 1 ano;
Lata de Aço: 10 anos;
Lata de Alumínio: não se corrói;
Bituca de Cigarro: 2 anos;
Copo Plástico: 50 anos;
Garrafa Plástica: 400 anos;
Camisinha: 300 anos;
Pedaço de Madeira Pintada: 13 anos;
Bóia de Isopor: 80 anos;
Linha de Nylon: 650 anos;
Vidro: tempo indeterminado;
Lixo radioativo: 250 anos ou mais

É isso aí, bituca ou não, lugar de lixo é no lixo!!!!

Fonte:
http://www.silcon.com.br/categoria/danos-ambientais/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/decomposicao-do-lixo.php
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.saude.sc.gov.br/cidadao/de_olho_na_saude/outros/fumo/Cigarr1.jpg&imgrefurl=http://www.saude.sc.gov.br/cidadao/de_olho_na_saude/outros/fumo/cigarro.htm&usg=__R5EUCOBEZdcm_gSYlBeCSw2JsFc=&h=344&w=553&sz=25&hl=pt-BR&start=4&um=1&itbs=1&tbnid=IIS_aZEkU3tcsM:&tbnh=83&tbnw=133&prev=/images%3Fq%3Dcigarro%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26sa%3DG%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26tbs%3Disch:1