quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Baleia encalha no Rs

A última postagem retrata o problema que ruídos provocados no ambiente marinho causam.
E por infeliz coincidência essa semana uma baleia jubarte encalhou no litoral do RS, prova viva do que dissemos.

Uma baleia jubarte, de 12 metros e cerca de 25 toneladas, encalhou pela segunda vez esta semana em uma praia do Rio Grande do Sul, e uma equipe de resgate faz nesta quinta-feira (26) uma última tentativa para salvar o animal.

Na terça-feira (24), a equipe de profissionais e voluntários conseguiu rebocá-la, mas no dia seguinte o animal voltou a encalhar.
Segundo veterinários do Instituto Baleia Jubarte, o animal ainda está em bom estado e a hora de tentar salvá-lo é agora.

A baleia está dentro da água, com nadadeiras peitorais e caudal submersa, mas cerca da metade do corpo exposta ao ar. "Vamos tentar levá-la o mais longe possível, o mais para dentro do mar. Isso se ela permitir e não começar a se debater", acrescentou o veterinário. "Estamos tomando todo cuidado para não machucar o animal".

Trata-se de um animal adulto com idade estimada de 5 a 6 anos, pelo comprimento, mas não foi possível determinar o sexo. A baleia será amarrada por mergulhadores e rebocada por uma lancha e um barco.
Segundo Marcondes, não foi encontrado nenhum sinal que pudesse indicar por que o animal encalhou. "Este ano estamos tendo muito encalhe de animais vivos no litoral do Brasil. Pode ser em função de doença, inexperiência do animal ou pode estar desorientado", explicou.

As baleias jubarte empreendem a cada ano uma viagem da Antártida rumo à costa nordeste brasileira em busca de águas cálidas e rasas, onde começam a chegar em julho e permanecem até novembro.


Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/brasil/equipe-tenta-salvar-baleia-encalhada-pela-segunda-vez-rs-591398.shtml

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ruídos no Oceano

Você nunca brincou de colocar uma concha no ouvido e ficar curtindo o barulho do mar, as ondas, a calmaria? Hoje seria bem mais realista colocar seu iPod no ouvido – e no volume máximo. Isso, sim, se aproxima do som que o oceano produz para boa parte das criaturas que vivem dentro dele. Um navio de carga emite, pelo estouro das bolhas que seus propulsores criam na água, ruídos de 150 a 195 decibéis. É mais do que uma britadeira (120 decibéis) ou um iPod no talo (114 decibéis). Imagine então o barulho produzido por 100 mil cargueiros que cruzam os mares durante o ano inteiro!

Qual o problema disso? É que os animais marinhos usam a audição para quase tudo – para encontrar o lugar de procriação, o parceiro sexual, a comida. E com a bagunça que o homem vem causando no ambiente marinho, a identificação destes sons pelos animais tornou-se mais complicada. Cientistas concluíram que a baleia-azul está ficando surda – escuta a distâncias até 90% menores do que antes. Já a orca está precisando gritar – produzir cantos mais longos para se fazer ouvir. Outras baleias aparecem mortas nas praias após testes militares com sonares caça-submarinos – seus 235 decibéis causam hemorragia nos ouvidos e nos olhos dos animais.

Estamos tão preocupados com coisas grandes, que tomam os telejornais, como a poluição e a exploração excessiva dos recursos marinhos, que nos esquecemos que a invasão do homem no ambiente traz uma série de prejuízos para as outras espécies, em diversos aspectos. Ou você acha que alguém está preocupado com a poluição sonora que está prejudicando as baleias e outros animais marinhos?


Bibliografia: http://super.abril.com.br/ecologia/fim-oceanos-447919.shtml

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Branqueamento de corais

Uma associação extremamente importante para os recifes-de-coral é a simbiose que ocorre entre as espécies de corais e microalgas conhecidas como zooxantelas. Essas algas vivem no interior dos tecidos dos corais construtores dos recifes, realizando fotossíntese e liberando para os corais compostos orgânicos nutritivos. Por sua vez, as zooxantelas sobrevivem e crescem utilizando os produtos gerados pelo metabolismo do coral, como gás carbônico, compostos nitrogenados e fósforo. As necessidades nutricionais dos corais são em grande parte supridas pelas zooxantelas. Elas estão também envolvidas na secreção de cálcio e formação do esqueleto do coral. Apesar de espécies de corais serem encontradas praticamente em todos os oceanos e latitudes, as espécies construtoras de recifes (corais hermatípicos) estão restritas às regiões tropicais e subtropicais. Os recifes necessitam, geralmente, de águas quentes (25 – 30oC) e claras, longe da influência de água doce.








Porém, nos últimos anos, mergulhadores e pesquisadores em todo o mundo vêm se deparando com grandes áreas recifais de coloração esbranquiçada e uma diminuição no número de espécies. Trata-se basicamente da ‘perda’ dos organismos fotossimbiontes (zooxantelas) presentes nos tecidos do coral. Como a cor da maioria dos hospedeiros advém, em grande parte, da ‘alga’ simbionte, seus tecidos tornam-se pálidos ou brancos. Isto ocorre por causa de variações que ocorrem no ambiente recifal, sejam naturais ou causadas pelo homem, como mudança da temperatura da água, radiação solar, sedimentação, exposição aérea ou diminuição da salinidade. A ocorrência de branqueamentos tem aumentado muito nos últimos 20 anos. O aumento da temperatura global, causada pelo efeito estufa, tem sido o principal responsável pela destruição de grandes áreas de recifes e a extinção de várias espécies de coral.

Morte dos Corais





















Geralmente, os tecidos de colônias branqueadas estão vivos e intactos. Entretanto, a ausência das ‘algas’ simbiontes implica em 1) ‘jejum’ compulsório ao hospedeiro, uma vez que as algas simbiontes suprem a maior parte das necessidades nutricionais do hospedeiro (até mais de 60% do carbono fixado na fotossíntese pode ser translocado da alga para o hospedeiro na forma de glicerol), e 2) diminuição das taxas de calcificação. Portanto, as partes moles e o esqueleto de um coral branqueado não crescem, e a colônia fica mais vulnerável a outros possíveis estresses, como poluição, sedimentação excessiva, colonização por macroalgas do esqueleto eventualmente exposto etc. Apesar de tudo, as colônias branqueadas podem recuperar completamente, em poucos dias ou até mais de um ano, a coloração, dependendo da espécie e do grau de branqueamento. Do mesmo modo, dependendo da espécie, intensidade e duração do estresse, a morte de parte, ou de toda, colônia pode ocorrer logo em seguida ao inicio do branqueamento, ou mesmo algum tempo depois (semanas ou meses). Nestes casos, o esqueleto será rapidamente recoberto por algas e animais sésseis, perdendo a cor branca.
O professor Gilton Lyra completa: " o excesso de gás carbônico na atmosfera também tem causado outro problema no mar. As algas absorvem o gás carbônico para fazer a fotossíntese, mas, como a concentração de CO2 está alta, isso torna a água do oceano mais ácida, provocando uma espécie de corrosão nos corais".



Além disso, há que defenda que o branqueamento tem sido documentado há muito tempo, e evidências demonstram que é um fenômeno recorrente ao longo da história geológica dos corais, que surgiram há milhões de anos. Alguns estudos defendem, inclusive, o papel adaptativo do branqueamento. Como existem várias espécies de algas zooxantelas livres na coluna d’água, mudanças das condições ambientais podem ocasionar a expulsão/saída do tecido do coral de um tipo de alga adaptada a essa condição, e a ocupação por outra espécie de alga da coluna d`água, mais adaptada às novas condições. O padrão do branqueamento, porém, é muito mais complexo. Uma única colônia de coral pode apresentar vários tipos de algas em pontos diferentes da colônia, dependendo, por exemplo, da quantidade de luz incidente sobre a superfície do coral. Por isso, é comum vermos uma colônia saudável e uma colônia branqueada da mesma espécie lado a lado, ou mesmo uma colônia com apenas algumas partes branqueadas.

Vai aí um resumão dos principais fatores responsáveis pelo branqueamento:

1) temperatura anormalmente alta ou baixa
2) turbidez (níveis baixos de radiação solar)
3) altos níveis de radiação UV
4) poluição

O impacto humano no meio ambiente pode amplificar o branqueamento de corais pelo:

1) aumento da temperatura devido ao efeito estufa
2) aumento do nível do mar associado ao aumento de temperatura
3) alterações nos padrões normais do clima e variações em eventos climáticos extremos - precipitação, nuvens e ventos
4) mudanças na química da água do mar devido altas concentrações de CO2:




Fontes:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corais/branqueamento-dos-corais-1.php
http://ciencias-jovem.blogspot.com/2009/11/fotos-de-recifes-de-corais.html
http://www.usp.br/cbm/index.php/artigos-acesso-livre/73-recifes-de-coral-e-branqueamento.html
http://pe360graus.globo.com/educacao/educacao-e-carreiras/quimica/2010/08/09/NWS,518424,35,593,EDUCACAO,885-PROFESSOR-FALA-SOBRE-FENOMENO-BRANQUEAMENTO-CORAIS.aspx

domingo, 8 de agosto de 2010

Proteção dos mares no Brasil

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a proteção dos mares é mínima no Brasil.



Ao comer cação, badejo e camarão-sete-barbas, os brasileiros estão, sem saber, consumindo animais aquáticos ameaçados de extinção ou que sofrem com o excesso de pesca no Brasil. De acordo com o governo federal, 80% dos recursos explorados pela pesca marinha sofrem com sobrepesca, estão ameaçados ou em processo de recuperação.Apesar disso, somente 0,4% dos mares brasileiros são protegidos em unidades de conservação federais. Incluindo as reservas estaduais, a porcentagem sobe para 0,8%. A realidade internacional não é muito diferente: há cerca de 1% de mares protegidos no globo. Em vista disso, o Greenpeace inicia na próxima semana uma campanha para proteger os oceanos no país. A entidade defende que as áreas protegidas subam para 40% no mundo e que o Brasil faça a sua parte.




Badejo




Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace, afirma que a ONG pressionará pela criação de uma Política Nacional de Oceanos que priorize a proteção de áreas marinhas e o combate à perda de biodiversidade. Para ele, a pesca predatória pode ser comparada ao desmatamento. E, assim como em relação à madeira, diz que é preciso saber a quantidade de peixes que podem ser retirados e em que época.



Área de Proteção Ambiental.




O Ministério do Meio Ambiente reconhece o problema. "As áreas marinhas estão entre as mais ameaçadas e as menos protegidas, então é uma prioridade grande. Há cada vez mais gente no litoral, mais navegação, mais pesca predatória. É razoável que tenhamos uma meta a ser alcançada", disse à Folha o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente).Mas a meta do ministro é bem mais modesta que a da ONG: ele considera ideal ampliar a proteção para 10% dos mares -o que deve levar mais de uma gestão para ocorrer. Para isso, podem ser usados recursos de compensação por dano ambiental. Há cerca de R$ 500 milhões que podem ser aplicados em proteção de áreas em terra e no mar.





Plantar peixe


O ministro ressalta, porém, que não adianta apenas implantar novas áreas -é necessário dar estrutura e pessoal às que já existem. E afirma que, se o país quer aumentar a produção de peixe, não pode contar só com o oceano. Deve investir mais em "fazendas aquáticas" e piscicultura, por exemplo. O Ministério da Pesca concorda que as áreas protegidas são importante ferramenta para garantir a recuperação dos ecossistemas marinhos e manutenção dos estoques pesqueiros. No entanto, considera que "a implantação de áreas de exclusão de pesca tem rebate importante nas atividades dos pescadores artesanais". Por isso, defende que a implantação seja discutida amplamente.




O Greenpeace lançará um vídeo e um relatório sobre o panorama dos mares brasileiros. Para compor o material, foram ouvidos integrantes do governo e pesquisadores de universidades. Além de apontar os desafios, o Greenpeace ressalta como positiva a idéia do governo de São Paulo, de criar três grandes áreas de proteção marinhas no Estado. Essas regiões ficarão protegidas da pesca predatória com barcos industriais."É uma iniciativa importante que pode criar precedente. A Bahia, por exemplo, não está batendo o pé pela proteção [do banco de corais] de Abrolhos", disse Furtado.


Farol de Abrolhos.


A medida, porém, assustou pescadores. Segundo o secretário estadual Xico Graziano (Meio Ambiente), "houve uma reação muito forte porque as colônias de pescadores acharam que ia ser proibido todo tipo de pesca". Para contornar a polêmica, foi feita uma nova versão do decreto.






Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cruzeiros e o Impacto Ambiental

Os cruzeiros têm feito muito sucesso entre os turistas e isso, consequentemente, movimenta a economia das cidades que recebem esses visitantes. Isso é ótimo para o desenvolvimento do turismo, mas gera certa preocupação ambiental. Essas embarcações gigantes são responsáveis pela produção de toneladas de lixo e esgoto e pela emissão de uma quantidade enorme de gases de efeito estufa.

Durante a temporada 2009/2010 a quantidade de passageiros que viajaram em cruzeiros foi 66% superior à temporada anterior. A estimativa é de que 900 mil passageiros tenham viajado em cruzeiros brasileiros entre os meses de outubro e maio.


A poluição gerada em uma viagem em alto mar custa caro para o meio ambiente. De acordo com o Telegraph of London, um navio cruzeiro emite três vezes mais dióxido de carbono que um avião a jato. A rede de cruzeiros Charter Wave divulgou, em 2008, que em média, 712 kg de CO2 são jogados na atmosfera por quilômetro. Os navios emitem dióxido de carbono, dióxido sulfúrico (5% das emissões mundiais) e óxidos de nitrogênio ( 14 % das emissões).


Segundo o acordo da organização Marítima Internacional, todo o lixo orgânico que é produzido durante as viagens é lançado no mar. Porém algumas restrições envolvem esse descarte. Ele deve ser feito a uma distância de 22 quilômetros da costa. O esgoto também pode ser despejado no mar, desde que passe por um tratamento.

A ONG EcoBrasil divulgou uma estimativa de que semanalmente são gerados 950 mil litros de esgoto humano em um navio de grande porte e 114 mil litros de água de sentina (óleos e produtos químicos). Além disso, a água proveniente de pias e chuveiros, conhecida como água suja, nos cruzeiros é o equivalente a duas piscinas olímpicas, equivalente a e 5.500m3 litros de água





No Brasil, as duas principais empresas donas de embarcações, a MSC Cruzeiros e a Royal Caribbean, sabem dos impactos ambientais causados pelos navios. Por isso, são implantadas, anualmente, novas tecnologias para minimizar esses danos.


Uma das saídas escolhidas pela MSC Cruzeiros foi adotar o certificado ISO 14001, de gestão ambiental, para todas as suas embarcações. O diretor comercial da empresa, Adrian Ursilli, garante que parte dos resíduos produzidos nas viagens retorna aos portos e são encaminhados para a reciclagem.


As empresas que não respeitam as normas internacionais e convenções recebem multas que chegam a milhões de euros. Ainda assim, são necessárias mais leis e fiscalização efetiva, para que os impactos sejam cada vez menores.

Achei algo interessante mostrar um impacto bem amplo aplicado a uma prática um tanto quanto prazerosa. Que mesmo quando estamos gastando nosso dinheiro e relaxando, estamos contribuindo para a poluição.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Impacto da pesca industrial

Muitos ecologistas marinhos acreditam que a maior ameaça aos ecossistemas marinhos nos dias de hoje seja a pesca em excesso. Nosso apetite por peixe está excedendo os limites ecológicos dos oceanos, com impactos devastadores em muitos ecossistemas. Os cientistas advertem que o excesso de pesca resulta em profundas alterações nos oceanos, mudando-os talvez para sempre. Sem mencionar nossa refeição de cada dia - no futuro, um prato de sardinhas poderá ser considerado uma iguaria cara e rara.


Sem Chance

Mais freqüentemente do se imagina, a indústria da pesca ganha acesso a grupos de peixes antes mesmo que o impacto desta atividade sobre o ecossistema seja estimado. De qualquer modo, os regulamentos da indústria de pesca são tremendamente inadequados. A realidade da pesca moderna é que a indústria é dominada por frotas de pesqueiros que não dão chance à natureza de repor as espécies. Navios gigantescos usando sonares de busca de última geração podem apontar com precisão cardumes de peixes. Os navios são equipados para que funcionem como verdadeiras fábricas flutuantes – incluindo linhas de produção, processamento e embalagem de peixes, imensos sistemas de refrigeração e motores poderosos para arrastar equipamentos pesados através do oceano. Ou seja: o peixe não tem chance.

Check-up da vida no oceano

Populações de grandes predadores, um indicador claro da saúde de um ecossistema, estão desaparecendo de forma espantosa. Noventa por cento dos peixes grandes que a maioria de nós adora comer, como atum, peixe-espada, merlin, bacalhau, halibut, ar raia e linguado – estão desaparecendo desde que a pesca em larga escala começou, nos anos 50. A diminuição dessas espécies predadoras pode causar uma mudança em ecossistemas oceânicos inteiros, onde peixes comercialmente valorizados são substituídos por espécies menores, que se alimentam de plâncton. O século em curso pode inclusive ver colheitas de água-viva substituindo o peixe consumido por humanos. Essas mudanças ameaçam a estrutura e o funcionamento de ecossistemas marinhos, e assim colocam em perigo o sustento dos que dependem dos oceanos, tanto agora como no futuro.


Colapso das áreas de pesca

A superexploração e a má administração das áreas de pesca já levou ao colapso completo de algumas regiões. A pesca do bacalhau na região de Newfoundland, no Canadá, ruiu em 1992, causando a perda de 40 mil empregos na indústria. Os estoques de bacalhau no Mar do Norte e no Mar Báltico seguem pelo mesmo caminho e estão próximos do colapso completo.

Ao invés de tentar encontrar uma solução de longo prazo para esses problemas, a indústria pesqueira voltou seus olhos para o Pacífico – mas esta não é a resposta. Os governantes continuam ignorando os avisos dos cientistas sobre como essas áreas de pesca poderiam ser administradas e a necessidade de pescar tais espécies de maneira sustentável.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Lugar de lixo é no LIXO

Nessa época de seca é muito comum olharmos para o lado e vermos o canteiro da esquina queimado, uma área de parque pegando fogo, ou mesmo uma fumacinha saindo da grama seca. Sei que nem sempre é por esta razão, mas sempre me lembro das bitucas de cigarro que são jogadas no chão. A absurda falta de consciência da maioria dos fumantes (da maioria mesmo, porque são pouquíssimos os que jogam cigarro no lixo) contrasta com a cultura inocente (ou seria inconsequente?) de jogar bituca de cigarro no chão.
Não é só sujeira ou desconforto. As inocentes bitucas de cigarro causam muitos problemas ao meio ambiente, como as queimadas e sua ingestão acidental por animais. Mas não é só isso não, as bitucas levam cerca de 2 anos para se decomporem, e trazem consigo todos os seus componentes químicos!

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O ambiente marinho não fica de fora do impacto causado pelas bitucas, não. Estas verdadeiras armas de destruição em massa acabam sendo alimento de muitos animais, principalmente aves, que acabam por confundí-las com peixinhos. E morrem, claro.
Em uma campanha ecológica organizada pela SOS Praia Brasil, foram coletados quase 4 mil bitucas nas praias do Guarujá, no Circuito Petrobrás de Surfe Feminino.



As consequências diretas da presença de lixo marinho são a perda da qualidade estética, gastos exorbitantes com limpezas públicas, diminuição do turismo, danos a embarcações e barcos de pesca, diminuição dos estoques pesqueiros, ingestão e emaranhamento pela biota marinha, entre outros.
As principais fontes de lixo no ambiente marinho são: freqüentadores das praias, a eliminação inadequada do lixo no solo, o transbordamento de águas pluviais, os barcos e navios de todo tipo, as instalações industriais, as plataformas de petróleo e gás na faixa litorânea e as regiões portuárias e terminais de produtos químicos e combustíveis.

Aí vai uma lista do tempo de decomposição de resíduos nos oceanos:

Papel Toalha: 2 a 4 semanas;
Caixa de Papelão: 2 meses;
Palito de Fósforo: 6 meses;
Restos de Frutas: 1 ano;
Jornal: 6 meses;
Fralda Descartável: 450 anos;
Fralda Descartável Biodegradável; 1 ano;
Lata de Aço: 10 anos;
Lata de Alumínio: não se corrói;
Bituca de Cigarro: 2 anos;
Copo Plástico: 50 anos;
Garrafa Plástica: 400 anos;
Camisinha: 300 anos;
Pedaço de Madeira Pintada: 13 anos;
Bóia de Isopor: 80 anos;
Linha de Nylon: 650 anos;
Vidro: tempo indeterminado;
Lixo radioativo: 250 anos ou mais

É isso aí, bituca ou não, lugar de lixo é no lixo!!!!

Fonte:
http://www.silcon.com.br/categoria/danos-ambientais/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/decomposicao-do-lixo.php
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.saude.sc.gov.br/cidadao/de_olho_na_saude/outros/fumo/Cigarr1.jpg&imgrefurl=http://www.saude.sc.gov.br/cidadao/de_olho_na_saude/outros/fumo/cigarro.htm&usg=__R5EUCOBEZdcm_gSYlBeCSw2JsFc=&h=344&w=553&sz=25&hl=pt-BR&start=4&um=1&itbs=1&tbnid=IIS_aZEkU3tcsM:&tbnh=83&tbnw=133&prev=/images%3Fq%3Dcigarro%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26sa%3DG%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26tbs%3Disch:1